foi então, que choveu
nada demais.
apenas, choveu.
choveu leve e mansamente como chovem vários dias.
de dia fez sol, mas no final da tarde foi nublando, nublando
e então aconteceu.
é que os finais de tarde, com por de sol à vista, ou não,
são os melhores. minha hora favorita
e foi nesta hora hoje que choveu.
céu cinza, bem a meu gosto, para amparar o calor
para acalmar ânimos e animas.
e o vento com cheiro de chuva, este é o melhor.
o cheiro da chuva traz tanta coisa! o movimento do céu, das nuvens, do ar.
o movimento da vida, só que diferente.
fico reparando nestas bobeiras, sentindo o aroma da umidade chegando
e pensei que o vento poderia trazer gente
como se gente fosse gás, fumaça, perfume. poderia vir no vento
transportar no pensamento, quase "jennie é um gênio"
e de fumaça, virar gente noutro lugar.
gentificação. transporte garantido no minuto que não dá mais para esperar.
tá certo que foi pouquinho que choveu
nada que justificasse essa coisa toda, tanta pensação.
mas é mesmo nas bobeiras que eu fico mais
com vontade de te contar.
nas bobeiras onde a vida mostra mais
diz mais, canta mais e cala mais.
sabe? os detalhes? por causa deles é que eu sou eu
é que você é você
e nós não somos nós.
mas não era para tanto. só queria mesmo
contar que choveu.
chove delicadeza de palavras quando você escreve...
ResponderExcluirbeijos!