Depois de Meia-noite




Depois de assistir Meia-noite (não sei se ainda tem hifen) em Paris, o novo de Woody Allen, eu saí com dois pensamentos fixos - além do amor pelo filme - , um , foi a certeza de que a mente de Woody Allen é muito mais criativa e enlouquecida do que eu imaginava, e o outro, foi uma interrogação que ainda não me deixou: o quanto do que a gente vive é real, e ainda mais, o que é "real" ?

Adoraria contar detalhes da história, mas como eles não fizeram isso no trailer, eu também não vou estragar a surpresa de quem pretende assistir. Posso dizer que fiquei completamente surpresa e que não esperava por nada do que vi. Sabe quando você começa a assistir um filme e presunçosamente deduz que já sacou para onde a história está indo? Então, aconteceu o contrário. É que eu me esqueci que, tratando-se do Sr. Allen, nunca se sabe. Os diálogos continuam brilhantes e, muitas vezes, emocionantes. Acho que ele está enternecendo com o passar dos anos!

Talvez, entre vários pontos que o filme aborda, a intenção nem tenha sido questionar a realidade. Mas a mim foi inevitável, depois do choque de entender para onde estava indo a trama, me encontrar imaginando o quanto do nosso próprio ponto de vista e noção do que é real há em nossas vivências e forma de receber o mundo. Acho que não seria exagero responder "tudo". Que a mente e a forma de crer pode nos levar por caminhos inimagináveis, descabidos e até ridículos para outras pessoas. Mas que importa, desde que façam sentido para você?


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