Becoming Me

Matutando.

Já notou que todas as coisas mais valiosas e mais significativas diante de nossa alma, são também as experiências mais solitárias pelas quais passamos?

Os ideais mais profundos em nosso coração, são também os mais silenciosos?

As dores mais latentes são as que menos se divide?

As expectativas mais escandalosas, os sonhos mais improváveis, os medos mais penetrantes, as saudades mais exuberantes, os desejos mais genuínos, as transformações mais relevantes - as que acontecem na camada mais interior, ou tem mais peso no íntimo.

Os eventos que mais abalam ou fortalecem aquilo que a gente é de verdade, parecem se fazer notar tão pouco aos que estão em volta.

E mesmo a gente, tem alguma dificuldade em perceber que talvez chegou ou esteja próximo de chegar a algum ponto do caminho pelo qual esperou muito. Tem algumas coisas que, quando se manifestam em nossas vidas, não fazem barulho. Vêm chegando de mansinho, passo atrás de passo, sem qualquer alarde. Quando se nota, algo aconteceu ali! Aqui. Lá. É como quando se descobre que amamos alguém. Um dia você acorda e tem dificuldade em lembrar como era a sua vida antes daquela pessoa chegar. E todo este milagre acontece assim, discretamente.

É igualzinho com coisas importantes que se manifestam, quando são advindas da vontade da alma, do ímpeto que nos move de dentro para fora. Belo dia, a gente olha, e algo cambiou.

Não é assim? Ou será que sou só eu?

Neste dia, continuamos a ser quem antes éramos, mas temos agora alguma coisa extra, diferente, particular. Algo tão nosso, que nos torna mais e mais, uma nova parte do que já sabemos ser a nossa essência.

A descoberta de nós mesmos. Um jeito a mais de sermos "eu". Uma estrada que ruma pra dentro.

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