Poesia de Cego




(...) Porque há o inefável. O amor não é um número. A amizade não é. Nem a simpatia. A elegância é algo que flutua. E se Deus tem um número - eu não sei. A esperança também não tem número. Perder uma coisa é inefável: nunca sei onde as coloquei. Inclusive perco até a lista de coisas a não perder. Morte é inefável. Mas a vida também o é. Inclusive ser é de um provisório impalpável. (...)



Clarice Lispector



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Comentários

  1. um grande escritor tem essa marca: nunca perde a atulaidade. Clarice era dessas. LIndo e oportuno o texto dela, como sempre.
    Beijo grande e uma ótima semana, querida Bia.

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